sexta-feira, 28 de agosto de 2015

coração doméstico


quando eu vejo a exatidão
do teu corpo cansado
eu sou teu consolo

teu solo,
quando falta razão
teu solo,
quando a música toca.

quando eu vejo o choro pedrado
vindo do teu olho fadigado
eu sou mais chuva

teu banho
quando destruir e quando molhar,
um ferro quebrado
para - essa precisão - nunca passar.

Camila Barros

quarta-feira, 26 de agosto de 2015




vim engolindo metáforas,
como pessoas que pareciam leões.
vim pulando janelas,
como se fosse completamente certo.

vim lendo livros ao contrário
como quem precisa saber da história imediatamente.
vim cantando o refrão
como se não existisse mais nada.

roubei a jovem
roubei a guarda

roubei coisas que não deveria
assim como
usei palavras que não digeri.

roubei a tampa,
falei na lata

considerei tudo que não precisava.
como os animais que não existiam
e continuei alimentando feras
como as que não queria

pois ninguém roubou
aqueles contos
com finais ruins.

Camila Barros




terça-feira, 4 de agosto de 2015


          Sabe o que eu queria? Queria desistir menos das coisas que por uns longos minutos me parecem super importantes e que podem ajudar a mim. Sabe um livro bom? Pois é, queria conseguir prosseguir sempre, como se as opções fossem um livro bom.

CB