um grito pra que eu possa me ouvir
mesmo as confissões mais loucas
as louças que eu quebrei
as camas que rasguei
num encontro vulnerável
entre várias coisas ao mesmo tempo.
um grito
pra que eu possa ouvir tudo que
está solitário no meio do meu corpo.
corpo esse que tá perto
de explodir migalhas e galhos,
areia e saara,
desertos e solidões,
eu e multidões.
camila barros
quarta-feira, 20 de junho de 2018
quarta-feira, 6 de junho de 2018
Datas
quando eu percebo
não lembro mais de você.
seu sorriso não é,
mas já foi meu primeiro pensamento!
você é uma fruta
que eu não alcanço mais
mas me faço sossego
e descanso sob a árvore florida.
és a corrida que
não quero competir;
a ferida que
não vale a pena escancarar.
ficamos distante
e quanto mais distante
a flecha ganhava velocidade
pra machucar,
mas hoje nessa cidade
entendo como o tempo foi bom.
nos fez estações diferentes:
um sol de rachar
e um frio ardoso
e só assim
somos um calendário de dias
que eu já esqueci ontem.
camila barros
não lembro mais de você.
seu sorriso não é,
mas já foi meu primeiro pensamento!
você é uma fruta
que eu não alcanço mais
mas me faço sossego
e descanso sob a árvore florida.
és a corrida que
não quero competir;
a ferida que
não vale a pena escancarar.
ficamos distante
e quanto mais distante
a flecha ganhava velocidade
pra machucar,
mas hoje nessa cidade
entendo como o tempo foi bom.
nos fez estações diferentes:
um sol de rachar
e um frio ardoso
e só assim
somos um calendário de dias
que eu já esqueci ontem.
camila barros
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