sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

sentei
o banco movia
e o tempo não havia
de ter dado tempo.

continuei ali,
no banco,
sem...
sem nada a declarar.

refleti sobre escolhas
que não me escolheram
e sobre sobras
que não me restaram.

continuei ali,
li páginas sem números e títulos
e tomei um café que não existia.

e nada existia.

camila barros






Nenhum comentário:

Postar um comentário