pés afogados de sapato
corpo entalado de roupa
cabeça sustentando uma loucura
e nada se põe a mesa
as melhores coisas ninguém serve ao outro
e nada se põe acesa
nem a luz das idéias
nem o afogamento do trem desgovernado
que é acordar todo dia
as melhores coisas ninguém serve ao outro
e nada se põe
só o sol tem esse trabalho
de passar o tempo
e de nunca ver ninguém
servir o melhor ao outro
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