ela dança no telhado
da minha tarde, minhas horas.
ela causa estranha luz
que não se pinta, nem decora.
ela é fome da aurora
que ninguém vê amanhecer.
ela é arranha-céu
sem janela e sem cortina.
ela é o corcel que me leva
e a chuva que dói e que lava.
ela é toda a dor que eu sinto
e tudo que eu já chorei,
ela é o final da história
e tudo que eu já comecei.
ela é a triste fé
das pisadas no telhado,
que de muito dançarina
tanto deixou quebrado.
camila barros
Nenhum comentário:
Postar um comentário