palavras marginais são ditas
na insônia que há entre as intersecções.
mesmo cortando-se
há algo interlocutando
alguns momentos desse dia útil;
talvez um poeminha besta
que eu faço e que esconde as suas linhas
mesmo quando falo
da qualquer sinestesia espelho-toque.
e falando em linhas escondidas
p a r a t o d o s os
atos falhos estralados,
eu garanto que tenho
o meu melhor desenho
escondido à base de fosfeno.
ah! são desenhos e músicas
escritas à noite e com letras tontas.
falando de nada mais, nada menos que
meu mundo; mundivagante e emergente
gritando um amarelo desbotado,
alarmando um afronto,
gritando um microconto apressado,
e rodando todas as minhas ruas
em apenas 15 minutos.
então nessas entrelinhas
continuo aqui, insone
olhando para o nada.
sem fosfeno, nem camada.
apenas minhas pupilas pretas,
armando maravilhas pela calçada
lendo, por uma questão de segurança,
o passo a passo sobreviver.
camila barros
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