eu deixo você molhar meu poema
mas só se for pra deixá-lo nossa cara
de tanto suor
durante a madrugada
onde ninguém sabe o segredos
daqueles que se amam.
eu deixo sim você me ler
e sobir montanhas por mim
se cansar e deitar
sobre as pedra no meio do caminho
e depois iremos tirá-lá
para caminharmos ainda assim
lado a lado
onde ninguém imagina
o incêndio que é
quando você pega na minha mão.
eu permito que você
pinte minhas pupílas em aquarela
permito que você me observe de perto, bem de perto
onde você é capaz de atravessar
o caminho que vai dos meus olhos
até minha boca
numa intenção possível de acontecer.
eu aceito você deitar no meu colo
para ouvir meu coração
e colocar em partituras
a música que só Ludwing van Beethoven
é capaz de ouvir
dentro do silêncio que eu sou.
então entre; seja bem vinda.
Camila Barros
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