tenho saudade dos tucanos no meu quintal nos pés de jambo,
jambos que muitas vezes foram meu café da manhã.
saudade do frio na pele ao acordar
e da falta de coragem pra tomar banho, apesar de quente.
saudades dos passeios de bicicleta
no meio da névoa, que me atrapalhava,
mas ao mesmo tempo se fez vida e
se fez palco pra sonhos e viagens infinitas!
mas como eu sinto falta de quando
armava a barraca na beira do rio
e ver o rio era somente tudo que eu queria ali.
saudade de trafegar na pista molhada
olhando para um céu que se misturava com galhos
e que me levavam sem eu mesmo dirigir
num pneu; num pneu tão responsável
e que era garantidor da minha chegada na calçada de areia.
saudade da canção natural do meio da rua e das ruas vazias
quando eu mesmo, com tanta coragem,
saía a passear comigo e com um bom agasalho!
saudade pantanal no meu peito litoral
quando areia fina não me fez falta
nem tv grande demais se fez filme.
que falta faz não querer ir embora dos bancos da escola
e depois de sentar embaixo d'árvore e conversar com ela!
que saudade tamanha
do tamanho daquele lugar.
camila barros
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