Ah, teu riso
Tão frouxo e
Tão capaz de
apertar meu peito.
Tão claro e
Tão capaz de
Escurecer minha vista.
Me fazer desmaiar
Amolecer.
E na dureza dos teus dentes
Eu deito sem pressa
Ah, teu sorriso
Tão alinhado quanto
Os ponteiros que demoram e
Que moram
Dentro do tempo e
Que me judia
Por demorar tanto.
E um abrir de boca
Nem sempre é
Sinônimo de sono.
É, então, tudo que eu preciso
Tua cara, meu lar
Teu riso.
Camila Barros
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